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Escola Cazon

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                                             CAZON

 

             O Centro Abrigo Zona Norte - Cazon  localizada na zona norte de Porto alegre. É uma das unidades da Fadergs que atente a pessoas com deficiência mental e múltiplas deficiências.Recebe pessoas apartir de 18 anos oriundas de escolas especiais como APAE, Recanto da Alegria, Cristo redentor, Escolas Municipais e Intercap. A gestão é executada  pela Sra. Nídia, possui equipe técnica formada por  conta com setores de  supervisoras, pedagogas, assistentes social, psicologa. Possui diversas oficinas ocupacionais conforme link bem como oficinas de produção que com a parceria de algumas empresas oportuniza estes alunos desenvover a importância do trabalho. Estas empresas mandam o material necessário para a execução de peças  de seu interesse, das quais já foi acordado o valor, deste montante mais ou menos 80% ficam para os alunos e 20% para a Apacazon ( associação de pais da Cazon) que usam este valor para manutenção da instituição.

Conversando com o Sr. Adalberto da Fadergs, foi colocado que a Cazon não tem preocupação com atendimento ás mães mas reforça que a maior preocupação delas está no fato de um dia não estarem mais aqui para atender seus filhos, ficarem doentes e etc. Pensam a que ainda estas populações ditas especiais ainda são vistas  de maneira problemática tanto pelas famílias como na sociedade.Outra preocupação existente está focada a sexualidade. Questionam o fato de que se  seus filhos se enamorarem de outro especial serão dois para serem cuidados, se se relacionarem com alguém dito normal, ele será discriminado ou explorado na sua deficiência.  Se for o caso da menina ser a deficiente existe a possibilidade de exploração sexual, desrespeito etc, se for o menino, quem menina iria se relacionar com ele de maneira  realmente afetiva?Elas possuem muito medo desta fase pois não veêm com bons olhos e possuem medo da ingenuidade de seus filhos. 

Nesta instituição entrevistei quatro mães e muitas se negaram a participar do trabalho. A pergunta para efetivação de entrevistas foi escolhida por mim e pela colega Carla Finato. Pensamos em um questionamento mais livre que oportunizasse as mães a colocar seus sentimentos sem um direcionamento. Pedimos para que elas  falassem de seus filhos.Todas começaram falando na deficiência que possuem  e mostravam seu lado afetivo dizendo as qualidades deles. Relataram-me o porque desta deficiência, como aconteceu ( todas no momento do parto , segundo elas).Perguntei então como tinha sido o parto e quando o médico falou do problema.

 A mãe de João disse que, como é religiosa,  aceitou bem pois se Deus lhe havia dado um filho assim só pode ser porque ela é muito especial também , capaz de cuidar e amar uma criança assim.Disse que nunca teve medo e nem rejeitou o filho.

A mãe de Maria  disse ter ficado fora de si, que não sabia o que fazer com este problema, não queria nem ver. Precisou de algum tempo para chegar perto e tomar conta. Quem tomou as vezes de mãe foi sua irmã pois nem o pai o aceitava. Seu casamento durou apenas aquele ano e depois de muito procurar ajuda ela começou a cuidar dele sozinha.Desconhecia os melhores caminhos a serem feitos e que o filho passou por várias situações de risco.

A mãe de Carlos disse ter sido um dia muito difícil. O médico, quando seu filho nasceu, colocou ele sob sua barriga para que ela o visse e disse:" Você vai ter muito trabalho pois ele é uma criança diferente, ele é especial". Ela disse ter ficado com muito medo de não saber lidar com isso e não ser uma mãe adequada como ele necessitaria. O fato de o médico ter tido este procedimento inicial fez com  que ela primeiro o visse e o contato afetivo, foi feito o que ajudou muito na aceitação inicial.

A mãe de Cristian disse ter tido um parto muito difícil e que depois que foi para o quarto o médico foi lhe relatar o problema dizendo: " Seu filho ficou com sequelas, ele nunca vai ser uma pessoa normal, apresenta um retardo mental , quase vegetativo, talvez nem se movimente."  Ela chorava emocionada e continuava:" Eu senti o chão sumir de baixo dos meus pés.Não sabia o que fazer. Tinha vontade de sair dali correndo. Passei muitos dias só chorando e só chegava perto dele para amamentar. Me questionava :" Por que comigo?" "Mas não adiantava ficar assim, ele precisava de ajuda" " Teve vários problemas e teve que ser operado duas vezes." Eu esqueci de mim, procurei ajuda para saber mais e hoje ele está aqui, caminhando, sendo ativo nestas oficinas." " Queria ver este médico hoje".

Todas as mães apresentaram como fator de medo o momento em que não estarão mais aqui para dar o atendimento necessário aos seus filhos, mesmo eles agora apresentarem uma boa parte de autonomia , elas ainda os sentem dependentes dela.

 

Publicação feita em blog sobre o Terceiro Módulo do Curso de Formação Ambiental, postado por Jorge Amaro em 17/08/2008:

http://vhecologia.blogspot.com/2008/08/educao-ambiental-e-incluso.html

 

 

Inclusão digital na Cazon:

 

http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/seacis/usu_img/imagem30969.jpg&imgrefurl=http://www2.portoalegre.rs.gov.br/seacis/default.php%3Fp_secao%3D62&usg=__gUClQRsZWTTloEmwU8pgnqNfnhk=&h=1654&w=2480&sz=502&hl=pt-BR&start=2&um=1&tbnid=iOnXk7EXMDvfVM:&tbnh=100&tbnw=150&prev=/images%3Fq%3DCazon,porto%2Balegre%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG

 

 Localização:

Atrás do Strip Center, na Assis Brasil. Rua Joaquim Silveira, nº 200

 


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